domingo, 22 de agosto de 2010

O DESCOBRIDOR DE SETE MARES

Na semana passada tive o privilégio de passar as manhãs com meu neto. Cuidar de neto, como todos devem saber, não é tarefa das mais fáceis. Entretanto, não me lembro de nenhuma tarefa tão prazeirosa que eu tenha desempenhado nos últimos anos. Mas, o que mais agrada este avô é ver o neto ir descubrindo as coisas. Esta semana especialmente, vi meu neto descobrir a nossa sombra projetada no chão. Numa das caminhadas matinais, ele, de mão dadas comigo, de repente pára, aponta minha sombra no chão e diz "vovô". Esta cena simples, mas absolutamente singela, me dá uma sensação tão grande de conforto que, imagino, não é compreensível por todos. Presenciar meu neto descobrindo essas pequenas coisas me dá a sensação de que estou no lugar certo no momento certo. É daquelas coisas que poder-se-ia chamar de nirvana.