domingo, 9 de abril de 2017

KART. SERÁ QUE MEUS NETOS AMAM A VELOCIDADE?

Uma das opções de passeio que tenho para sair com meus netos, é visitar o kartódromo da nossa cidade. Eles adoram tanto esse passeio que, se fosse por eles, iríamos lá pelo menos umas duas vezes por mês. Quando falo isso para as pessoas, elas logo imaginam que meus netos são fissurados por velocidade. Mas isso não corresponde à realidade. Primeiro é muito difícil a gente ir naquela pista quando estão acontecendo as corridas. Essas acontecem normalmente nos domingos à tarde, quando nós (eu e eles) estamos descansando do almoço. E mesmo quando a gente vai no kartódromo em sábado que têm algum treino para o dia seguinte, o que os netos menos olham são os treinos dos pilotos. Aí vocês estão me perguntando porque, cargas d'águas, meus netos gostam tanto de passear no kartódromo? A resposta é: para brincar num monte de areia que tem atrás das oficinas. Sempre tem um reforma nos boxes ou no paddock e, por isso, sempre tem um monte de areia naquele lugar. Quando a gente vai lá e esse monte de areia não está lá, o passeio no kartódromo é uma coisa meio sem graça.

Depois que eles brincam bastante naquele monte de areia, a gente vai para o paddock, que tem uma cantina, comemos algum salgadinho, tomamos um suco ou uma água, tiramos alguma fotografia nos karts que estão para serem alugados e vamos embora com os netos felizes da vida. Na maioria das vezes eles arrumam algumas garrafas pet vazias para encher de areia e na saída levam aquelas garrafas cheias de areias para o carro e quando chegam na minha casa de volta, querem levar as garrafas pra dentro de casa. Isso, normalmente não deixo para não arrumar confusão com a avó, pois é claro que eles quererão na sequência levar aquelas garrafas para brincar enquanto tomam banho, com o perigo de inundar o box do banheiro com a areia vinda do kartódromo. Com muita negociação eles concordam em deixar as garrafas no carros que, depois, sem a presença deles, jogo fora. Assim nossos sábados vão sendo enchidos de pequenas aventuras que para meus netos são as maiores  de suas vidas. Com isso espero que eles tenham muita história para contar sobre mim, assim como eu as conto sobre eles.








Vejam que nas  fotos de areia existem alguns elementos imprescindíveis para a brincadeira deles ficar completa: uma forma de gelo e uma caneca de alumínio levados da minha casa e várias garrafas pet uma, inclusive, já com um pouco de areia dentro. Aos desavisados alerto que as fotos com os karts é uma pedido do vovô. Por eles, não saiam da areia.

terça-feira, 4 de abril de 2017

BUZÃO E TAXI, MÁXIMA AVENTURA

Quando se trata de entreter netos, quase sempre, o menos é mais. A maior aventura que meus netos vivem comigo tem a ver com andar de ônibus pela cidade.

A primeira vez que eu propus isso a eles, apenas dois concordaram em ir. O neto número três e o número cinco, Lucas e Caio. Saimos de casa e fomos esperar o ônibus, qualquer um, no ponto mais próximo. Ficamos por lá uns 10 minutos. Como não aparecia nenhum ônibus propus ir para um ponto mais distante e eles concordaram. No primeiro ônibus que passou, entramos os três, sem saber para onde ia. Pra começo entramos pelo lado errado do ônibus, pagando o maior mico, provando o quanto a gente estava acostumado a andar de buzão.

Mas a ideia era entrar naquele ônibus, ir até o ponto final, voltar e descer no mesmo ponto que subimos. Por acaso era um dos ônibus que têm o maior percurso da cidade. Viajamos mais ou menos umas duas horas, depois de passar quase pela cidade toda, passar pelo terminal urbano. Quando estávamos a mais ou menos três quartos da viagem o neto número três disse que queria fazer xixi. O que fazer? A decisão que tomei foi descer ali mesmo e resolver a situação. Ao descer do ônibus, perto do ponto havia um poste, nem pestanejei e mandei que os dois netos fizessem xixi naquele poste. Eles fizeram numa boa. Seguimos à pé, pois minha intenção era pegar aquele ônibus voltando. Andamos muito e nada de ônibus. De repente surge um posto de gasolina e no pátio do posto um ponto de táxi. Sugeri que pegássemos aquele táxi e foi a glória para eles. Coloquei os dois no banco de trás, de cinto como deveria ser, mas sem o assento de elevação e me sentei na frente. Lá fomos nós embora, os netos se sentindo o máximo dentro daquele táxi e eu com o sentimento de dever cumprido.

Até hoje eles lembram do xixi que fizeram naquele poste e ficaram falando daquela viagem de ônibus e táxi por mais de um mês.

domingo, 2 de abril de 2017

XIXI NA GARRAFA

Algumas atitudes nossas (avós) podem ser mais ou menos aceitas por nossos netos dependendo da nossa postura diante de tantas coisas. Eu sempre procuro "causar" nos meus netos, com o objetivo claro de que eles nunca mais se esqueçam de mim. Para que eu seja uma lembrança sempre agradável na vida deles.

Quando os avós falam desta forma, as noras e os genros logo pensam que a gente está tentando estragar os netos para os "comprar". Nada a ver essa pensamento. Sempre tive comigo que devo sim, ter responsabilidade pela educação dos meus netos, caso contrário estaria ajudando a criar netos que não seriam aceitos nos ambientes em que vão transitar. Isso os fariam sofrer muito e, claro, não devemos querer sofrimentos para nossos netos.

O que eu sempre procuro fazer como avô, é surpreender sempre para deixá-los "parados nas minha" e isso fazer com que nossa relação seja sempre mais intensa e que eles sempre tenham boas lembranças quando o meu nome for mencionado. Desta forma, quando formos apenas um vaso nos encontros familiares, nossos netos olharão para aquele vaso ali no canto e verão alguma coisa que sempre "causou" para eles.

Noutro dia, estava reformando um dos banheiros do meu apartamento. Tenho dois banheiros em casa: um que chamamos social e outro que está na suite minha e da minha esposa (a avó). O banheiro que estávamos reformando era o social e o único banheiro disponível era o da suite. Mas os dois netos mais novos vieram dormir em casa. A neta mais nova, a Laís, veio dormir com o Caio. Como a Laís dorme mais cedo, por volta das oito da noite já estava dormindo. Depois disso o Caio, que estava acordado ainda, ficou com vontade de fazer xixi. A Laís estava dormindo na nossa cama, na suite. A opção normal seria deixar o Caio entrar no banheiro da suite e, talvez, acordar a Laís. Mas aí entra a "sacada" do avô. Peguei uma garrafa pet e sugeri que o Caio fizesse xixi ali. Não deu outra. Ele topou e achou o máximo. Segundo o pai do Caio, ele ficou a semana seguinte inteira falando sobre o xixi na garrafa.