Exupery, em seu célebre "O Pequeno Príncipe", disse "é o tempo que você passa cuidando de sua rosa que a faz importante". Essa frase é lapidar para as relações afetivas. Ontem tive uma experiência muito peculiar com meu neto que comprova essa frase em sua essência.
Primeiro devo confessar que estou realizando um grande sonho da minha vida. Estou na praia com o meu neto, junto mais pessoas, é claro. Pensei que esse momento fosse demorar muito mais do que demorou. Não por nada. Mas o fato de eu e meu neto morarmos em um Estado longe do mar, a possibilidade de estarmos juntos no litoral, só nas férias. Marcar férias juntos nunca foi fácil. Por isso eu sempre achei que eu e meu neto iríamos estar juntos na praia em algum momento, mas não antes dele completar dois anos. Aconteceu antes do que eu imaginava.
Mas, enfim, aconteceu, pra minha alegria. E ontem, no início da manhã, eu e meu neto fomos para a areia da praia e ficamos alí sentados, esperando que a água chegasse até nós. Quando a água chegava ele ficava todo encolhido e se agarrava no meu corpo. Depois foi ficando mais à vontade e fomos avançando. Sempre sentados na areia da praia.
Nunca pensei que sentar na areia da praia fosse tão gratificante assim. A partir de um determinado ponto, avançamos um pouco mais em direção à água e, sentados ainda, meu neto sentou na minha frente, com a cabeça encostada em meu peito. Ficamos alí por longos 10 minutos. Na sequência ele começou a brincar com a areia, sem desencostar de mim.
Por fim, ele foi se familiarizando com o mar e logo sugeri que entrássemos na água e ele topou de imediato. A partir desse momento foi uma festa prolongada de um neto, com um avô embriagado na sua tarefa de curtir absolutamente aquele pedacinho de gente que tanto encanta.
E tem gente que não acredita em Deus.
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