Se alguém acompanha este blog, percebeu que nos útlimos dias eu me
encontrava um pouco acabrunhado. O motivo era a ausência das visitas aos meus
netos. Como todos sabem, sou viciado neles. Quando fico algum tempo sem vê-los,
bate uma crise de abstinência de vez em quando. Para o alcoólatra isso se
chamaria delirius tremens, quando a
mão do viciado em bebida treme, pela ausência de álcool no corpo. No caso
presente a crise de abstinência se manifesta no fígado, estragando o humor. Era
assim que estava me sentindo.
Mas o tempo passou, e sempre passa, e ontem tive novamente contato com
meus netos, que no caso serviu para amenizar, quase acabou, a crise de
abstinência. Depois, mais calminho, iniciei um processo de meditação sobre o
acontecido.
Quando passeava pela rua com o Vítor na cacunda, percebi que minha
carência era profunda por contato físico com meu neto. Isso ficou mais claro
ainda quando eu peguei o Lucas no colo e senti aquele ser encostado em meu
peito, eu sentindo sua respiração, ele sentindo a minha. Naquele momento eu
quase ousei sentir o que uma mãe sente quando amamenta. Seria muita ousadia de
minha parte. Mas ficou a sensação gostosa daquele contato.
O fato é que, sem perceber, o meu acabrunhamento passou e de repente
tinha esquecido das angústias dos últimos dias e me senti vivo de novo. A
sensação é tão boa que ninguém tem noção. Todos os pais deveriam ter noção
disso para fazer os avós felizes.
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