domingo, 9 de outubro de 2011

QUANDO O CONTATO É A SOLUÇÃO


Se alguém acompanha este blog, percebeu que nos útlimos dias eu me encontrava um pouco acabrunhado. O motivo era a ausência das visitas aos meus netos. Como todos sabem, sou viciado neles. Quando fico algum tempo sem vê-los, bate uma crise de abstinência de vez em quando. Para o alcoólatra isso se chamaria delirius tremens, quando a mão do viciado em bebida treme, pela ausência de álcool no corpo. No caso presente a crise de abstinência se manifesta no fígado, estragando o humor. Era assim que estava me sentindo.

Mas o tempo passou, e sempre passa, e ontem tive novamente contato com meus netos, que no caso serviu para amenizar, quase acabou, a crise de abstinência. Depois, mais calminho, iniciei um processo de meditação sobre o acontecido.

Quando passeava pela rua com o Vítor na cacunda, percebi que minha carência era profunda por contato físico com meu neto. Isso ficou mais claro ainda quando eu peguei o Lucas no colo e senti aquele ser encostado em meu peito, eu sentindo sua respiração, ele sentindo a minha. Naquele momento eu quase ousei sentir o que uma mãe sente quando amamenta. Seria muita ousadia de minha parte. Mas ficou a sensação gostosa daquele contato.

O fato é que, sem perceber, o meu acabrunhamento passou e de repente tinha esquecido das angústias dos últimos dias e me senti vivo de novo. A sensação é tão boa que ninguém tem noção. Todos os pais deveriam ter noção disso para fazer os avós felizes.

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