Noutro dia, ao observar meu neto, me pus a pensar o quanto o divino pode se assemelhar ao humano. Aquela criatura ali, faceira e feliz, sem mácula, só pode ser uma cópia autêntica daquelas imagens que povoam nossas mentes quando pensamos em anjos. Ao vê-lo assim faceiro, feliz e inquieto foi difícil não imaginar um anjo com seus cabelos enroladinhos e suas asas, pulando de uma nuvem para outra e de novo para outra e de volta para a uma, nessa inquietude própria de uma criança que sabe e quer ser feliz.
Olhando aquele anjo é impossível fugir daquele momento. O passado nem sei. O futuro, quem sabe? O presente daquele momento é o que basta. Que bom chegar nesta fase da vida nos permitindo fixar no momento. Sem antes, sem depois, sem periferia, somente o ínfimo momento e quem o vive poder tornar eterno seu efeito e fazer uma eternidade sua duração. O divino realmente se assemelha ao humano e está tão presente em nossas vidas e, melhor ainda, palpável. Que bom que é viver assim.
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