Quando se trata de entreter netos, quase sempre, o menos é mais. A maior aventura que meus netos vivem comigo tem a ver com andar de ônibus pela cidade.
A primeira vez que eu propus isso a eles, apenas dois concordaram em ir. O neto número três e o número cinco, Lucas e Caio. Saimos de casa e fomos esperar o ônibus, qualquer um, no ponto mais próximo. Ficamos por lá uns 10 minutos. Como não aparecia nenhum ônibus propus ir para um ponto mais distante e eles concordaram. No primeiro ônibus que passou, entramos os três, sem saber para onde ia. Pra começo entramos pelo lado errado do ônibus, pagando o maior mico, provando o quanto a gente estava acostumado a andar de buzão.
Mas a ideia era entrar naquele ônibus, ir até o ponto final, voltar e descer no mesmo ponto que subimos. Por acaso era um dos ônibus que têm o maior percurso da cidade. Viajamos mais ou menos umas duas horas, depois de passar quase pela cidade toda, passar pelo terminal urbano. Quando estávamos a mais ou menos três quartos da viagem o neto número três disse que queria fazer xixi. O que fazer? A decisão que tomei foi descer ali mesmo e resolver a situação. Ao descer do ônibus, perto do ponto havia um poste, nem pestanejei e mandei que os dois netos fizessem xixi naquele poste. Eles fizeram numa boa. Seguimos à pé, pois minha intenção era pegar aquele ônibus voltando. Andamos muito e nada de ônibus. De repente surge um posto de gasolina e no pátio do posto um ponto de táxi. Sugeri que pegássemos aquele táxi e foi a glória para eles. Coloquei os dois no banco de trás, de cinto como deveria ser, mas sem o assento de elevação e me sentei na frente. Lá fomos nós embora, os netos se sentindo o máximo dentro daquele táxi e eu com o sentimento de dever cumprido.
Até hoje eles lembram do xixi que fizeram naquele poste e ficaram falando daquela viagem de ônibus e táxi por mais de um mês.
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